A falácia ad hominem ocorre quando alguém ataca a pessoa que apresenta um argumento em vez de refutar o próprio argumento. Em vez de avaliar a validade da afirmação ou da lógica envolvida, a discussão é desviada para características pessoais do oponente, como seu caráter, credibilidade ou afiliações.
O termo “ad hominem” vem do latim e significa “contra o homem”. Ele foi identificado como uma falácia desde os tempos da retórica clássica, sendo discutido por filósofos como Aristóteles e John Locke.
Essa falácia é comum em debates políticos, jurídicos e filosóficos, onde a estratégia de desacreditar o adversário pode ser mais eficaz do que rebater sua lógica.
Essa falácia pode se manifestar de diferentes formas, incluindo:
O ad hominem engana porque explora emoções e preconceitos, desviando o foco da discussão. Quando um argumento parece difícil de refutar logicamente, atacar a credibilidade do oponente pode parecer uma estratégia convincente.
Exemplos:
Em todos esses casos, o argumento principal é ignorado e substituído por um ataque pessoal.
Esses vieses tornam o ad hominem poderoso, pois reforçam ideias preexistentes e evitam a necessidade de argumentação racional.
Ana é nutricionista e alerta seu amigo sobre os riscos do consumo excessivo de açúcar. Ele responde: “Você nem segue sua própria dieta! Como pode me dar conselhos?” Ana pode até ser inconsistente, mas isso não invalida a verdade sobre os danos do açúcar.
Um cientista apresenta um estudo sobre mudanças climáticas. Seus críticos não questionam os dados, mas dizem que ele tem ligações políticas suspeitas. Como resultado, sua pesquisa é ignorada sem sequer ser analisada.
Durante um debate presidencial, um candidato apresenta uma proposta econômica detalhada. Seu oponente, em vez de responder à proposta, diz: “Não podemos confiar em alguém que já declarou falência três vezes!” O público reage com risadas e aplausos, e a discussão sobre a economia é esquecida.
Um estudo intitulado “The Ad Hominem Fallacy in Public Debate” (Walton, 1998) analisa como o ad hominem é usado para manipular audiências. O autor mostra que essa falácia reduz a qualidade do discurso público e dificulta a troca racional de ideias. Ele sugere que identificar e expor o uso do ad hominem pode reduzir seu impacto em debates políticos e sociais.
Referência: Walton, D. (1998). Ad Hominem Arguments. University of Alabama Press.
A falácia ad hominem é uma das mais comuns e perigosas porque desvia o foco da verdade para disputas pessoais. Para evitá-la, devemos sempre perguntar: “Esse ataque diz algo sobre a validade do argumento?“ Se não, então o argumento deve ser avaliado por seus próprios méritos.
Praticar pensamento crítico e evitar julgamentos baseados apenas na credibilidade do emissor nos ajuda a tomar decisões mais racionais e informadas.
Escute uma conversa descontraída sobre esta falácia gerada pelo Google Notebook LM:
Descubra como pensar melhor:
Conheça também outras falácias lógicas:
Faça o seu cadastro a seguir para ter acesso exclusivo ao GPT Feedback Cognitivo:
Obs.: É necessário ter uma assinatura paga do ChatGPT para que você possa acessar este GPT.
Faça o seu cadastro a seguir para ter acesso exclusivo ao GPT Metacognitivo:
Obs.: É necessário ter uma assinatura paga do ChatGPT para que você possa acessar este GPT.