A afirmação do consequente é uma falácia lógica formal que ocorre quando se assume que, se um determinado evento leva a um resultado, então a ocorrência do resultado significa que o evento inicial também aconteceu.
A estrutura básica da falácia é: Se P, então Q > Q ocorreu > Logo, P também ocorreu. (Falacioso!)
Isso é um erro porque podem existir outras causas para Q além de P.
Essa falácia é conhecida desde a lógica aristotélica e foi formalmente descrita na lógica proposicional moderna. Aparece frequentemente em discussões científicas, investigações criminais e debates políticos, onde se tenta inferir causas com base em efeitos sem considerar outras possibilidades.
A afirmação do consequente parece convincente porque as pessoas naturalmente associam efeitos a suas causas mais conhecidas. Porém, isso ignora a possibilidade de múltiplas causas.
Exemplos:
Esses vieses fazem com que a afirmação do consequente pareça uma dedução lógica, quando na verdade é um erro.
Um detetive investiga um caso e descobre que assassinos costumam fugir da cena do crime. Ao chegar ao local e ver alguém correndo, conclui imediatamente que é o culpado. Só depois descobre que era apenas um pedestre assustado.
Pedro acredita que alunos inteligentes tiram boas notas. Quando vê que Maria tem notas altas, conclui que ela é naturalmente inteligente. Ele ignora o fato de que Maria pode simplesmente estudar mais do que os outros.
Um investidor vê que empresas bem-sucedidas gastam muito em marketing. Então, investe em uma empresa que gasta bastante com anúncios, esperando sucesso. No entanto, a empresa quebra porque gastou demais sem um bom produto.
O estudo “Causal Reasoning and Logical Fallacies” (Sloman & Lagnado, 2015) analisa como o cérebro humano tende a inferir relações causais mesmo sem provas suficientes. Os autores mostram que o pensamento humano frequentemente cai na afirmação do consequente porque o cérebro procura padrões e associações rápidas, mesmo quando outras causas podem existir.
Referência:
Sloman, S., & Lagnado, D. (2015). Causal Reasoning and Logical Fallacies. Oxford University Press.
A afirmação do consequente nos leva a tirar conclusões precipitadas e ignorar explicações alternativas. Para evitá-la, devemos sempre perguntar: “Essa relação é realmente causal?” e buscar evidências independentes antes de afirmar uma causa.
Desenvolver pensamento crítico e considerar múltiplas explicações nos protege de erros de julgamento e decisões ruins.
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